As Boas Novas Aos Gálatas

Em 1938 descobri, quase por acaso, um livro escondido e esgotado. The Glad Tidings (As Boas Novas), E. J. Waggoner, que havia “dormido” durante anos em uma biblioteca particular. Apesar de desconhecer totalmente o autor e antecedentes da obra, a leitura comoveu profundamente meu coração. Entendi que o encontro com esse livro verdadeiramente singular tinha levado minha vida a um ponto decisivo. Temendo que fosse a última oportunidade de acesso aquele tesouro, pedi permissão para trazer minha velha máquina de escrever à biblioteca, onde copiei página após página as passagens mais comovedoras, a fim de guardá-las para sempre.

Este livro é a exposição mais completa de Waggoner do livro de Gálatas, versículo por versículo. É o melhor tratamento dessa epístola desde a famosa obra de Lutero, e vai muito além, à medida que a luz da verdade brilha mais forte em nosso tempo.

O objetivo do livro de Gálatas é apresentar o verdadeiro evangelho, em oposição ao falso evangelho que estava sendo promovido por alguns mestres na igreja primitiva e, ainda assim, o erro por trás do ensino deles é sempre um perigo presente para nós hoje, sempre que perdemos nossa conexão com Cristo. Gálatas foi projetado principalmente para distinguir entre a verdadeira justiça pela fé e a falsa justiça, que coloca as obras humanas no lugar da fé.

Gálatas é frequentemente usado de forma errônea por alguns protestantes professos, para denegrir a obediência à lei ou para fazer da fé um substituto para a obediência. Waggoner enfrenta esses argumentos e mostra que a justiça é, de fato, o cumprimento da lei. O objetivo do evangelho é tornar os homens “justos”, ou “retos”, por meio da implantação da vida de Cristo pela fé. Os homens precisam “ser bons” antes de poderem “fazer o bem”, e o evangelho fornece ambos.